quinta-feira, 14 de abril de 2011

A segurança nas escolas do Brasil

         Queria estar neste post falando sobre temas recorrentes à história, entretanto, diante do ocorrido na cidade do Rio de Janeiro na última semana, achei pertinente tratar do tema referente à segurança nas escolas do nosso País. Após o ocorrido (como de costume em nosso País alguns assuntos somente são discutidos após a ocorrência de tragédias), muitos falaram em medidas preventivas para evitar que episódios semelhantes possam ocorrer. Falou-se em restringir a entrada de pessoas nas escolas e também na colocação de detectores de metais nas mesmas. É evidente que devem ser tomadas medidas preventivas, mas não se pode restringir a entrada de pessoas nas escolas, visto que um dos seus pilares é a integração com a sociedade. Talvez a colocação de detectores de metais não seja uma medida tão impactante no sentido de coibir a presença da comunidade na escola, sendo que concordo com a sua efetivação. Resta saber se temos condições financeiras e tecnológicas para manter tais instrumentos. Essas espécies de medidas possuem o caráter imediato e emergencial, sendo que, além delas, devem ser tomadas outras que apresentem resultados á longo prazo. Importante frisar que essas medidas devem processar-se na sociedade, pois a escola é um reflexo desta última. O trabalho deveria ser iniciado a partir de sua base, ou seja, da família. A falta de estrutura familiar vem a calhar nessa desmedida onda de violência que estamos vivenciando, a qual se ramifica em vários setores da sociedade. Uma educação de qualidade (e não de quantidade, como o governo busca no Brasil), associada à geração de empregos dignos é uma fórmula básica que representaria um passo importante para a redução dos nossos problemas sociais. O caso de Realengo, pela maneira que ocorreu, pode ser considerado um caso isolado, mas o contexto social no qual ele se insere está presente em muitos lugares do País.

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