sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O Barroco na Idade Moderna

   Toda e qualquer manifestação artística está, de alguma maneira, ligada ao período na qual ela está sendo produzida. Com o Barroco não foi diferente, sendo que ele esteve ligado ao período conhecido por Modernismo e também à Contra-Reforma realizada pela Igreja Católica.
    A escola denominada Barroca surgiu no final do século XVI e estendeu-se até o século XVIII, compreendendo uma fusão entre a arte gótica e a renascentista, mas dando uma nova roupagem a essas duas. O surgimento do Barroco se deu na Itália, mas não ficou restrito è ela. Uma das principais características dessa escola é  o antagonismo entre o bem e o mal, e isso retrata bem a época que se estava vivenciando, que era o período moderno, o qual quebrava com as concepções medievais. As manifestações artísticas que permeiam uma época não estão livres de concepções ideológicas presentes na mesma, e nesse contexto, a arte barroca procurava servir à corte, aos aristocratas e à Igreja Católica.   
    Como já foi falado, esse estilo de arte foi de grande utilidade à Igreja Católica, e essa utilização ocorreu à medida em que o Barroco deu suporte à esta última quando da sua reafirmação diante do abalo provocado pela Reforma Religiosa. As características encontradas no Barroco, como o contraste e o apelo às emoções justificam-se pelas profundas modificações pelas quais passava a Europa ao término de século XVI. Por esse motivo, há o predomínio das emoções, não havendo todo aquele equilíbrio de formas encontrado na arte renascentista. O principal objetivo era provocar impacto nas pessoas, principalmente através da grandiosidade das obras, exemplificado pelas suntuosas pinturas encontradas em tetos de Igrejas. 
    O estilo barroco não ficou restrito apenas à Europa, mas foi levado para diversas partes do mundo. A explicação desse fato ocorre quando levamos em consideração o período das Grandes Navegações que estava a ocorrer durante esse período, sobretudo durante os séculos XV e XVI.  Chegando nesses locais, o colonizador europeu realiza uma dominação não apenas política ou territorial, mas também de cunho cultural e ideológico.