sexta-feira, 10 de junho de 2011

I Seminário de História do Nordeste - UPE Garanhuns

Bom pessoal, estou utilizando o espaço do blog para divulgar um evento que irá ocorrer no auditório da UPE - Campus Garanhuns nos dias 16 e 17 de Junho de 2011. O mesmo está sendo organizado pela turma de História na qual estudo (7º período) e conta com a coordenação da professora Maria Lana Monteiro de Lacerda. Serão disponibilzadas 70 vagas, e não há cobrança de taxa de inscrição. Seguem abaixo a programação e a apresentação do curso: 


I SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DO NORDESTE:
CULTURA E ARTE (RE)INVENTANDO IDENTIDADES

Apresentações Culturais, Mesas e Painéis!

UPE-Campus Garanhuns
16 a 17 de Junho de 2011



Realização: Turma do 7º Período de História/2011.01
PROGRAMAÇÃO

I Seminário de História do Nordeste:
Cultura e Arte (Re)Inventando Identidades
Quinta-feira
16/06/2011
Sexta-feira
17/06/2011
18h:30min
Abertura:
Apresentações Culturais
- Violas e violeiros
- Cordelista Valdenyce
Interpretes: Jairo do Aboio X
 Iraneide do Coco
Painéis

19h:30min
Mesa 01
Entre Páginas e Argumentos
Mesa 03
Entre Músicas e Poesia
20h:30min
Mesa 02
Entre Pinceladas e Quadros
Mesa 04
Entre as Cenas e a Sétima Arte
21h:30min
Painéis
Encerramento:
Quitutes e Festa Junina

Realização: Turma do 7º Período de História/2011.01


APRESENTAÇÃO

“Preste atenção meus senhores, pras estórias que vamos contar!”

A turma do sétimo período da Licenciatura em História da UPE Campus Garanhuns/2011.01, convida os estudantes, professores e o público em geral a participarem do I Seminário de História do Nordeste, cuja temática será: Cultura e Arte (Re)Inventando Identidades.
Este evento visa oportunizar a integração dos estudantes às diversas possibilidades do fazer historiográfico no contexto de sua formação profissional, através da socialização de experiências da indissociabilidade entre os territórios do ensino, pesquisa e extensão, vivenciadas a partir da disciplina História do Nordeste.
As atividades a serem desenvolvidas no evento são gratuitas e ocorrerão na UPE-Campus Garanhuns, nos dias 16 e 17 de Junho de 2011, e serão estruturadas em apresentações culturais, mesas e painéis.

Maria Lana Monteiro
Professora Assistente do Curso de História
UPE-Campus Garanhuns

O Imperialismo revela a sua face interna - os novos moldes da dominação


A análise aqui realizada sobre o imperialismo nos remete a um dos seus aspectos, qual seja aquele que trata da economia. A partir dele será possível compreender a nova roupagem pela qual essa forma de dominação se revestiu. Será que o Estado atua mesmo como ummediador nas relações econômicas? Essa concepção apresentava o Estado como um mecanismo capaz de manter a ordem e resolver conflitos, entretanto, a fraqueza dessa teoria estava na suposta imutabilidade de classes que ela apresentava. Pode-se, a partir desses fatos, tecer uma crítica à teoria pactualista, tomando como base as ideias marxistas.
O Estado estava apoiado nas relações de propriedade, sendo que determinada classe possuía vantagens comerciais, enquanto outras se encontravam em posição de desvantagem. Sabe-se também que nenhuma outra instituição poderia competir com o Estado na questão econômica. Sendo assim, a estrutura de classes não é natural por faltar o requisito estabilidade.
Para a teoria do domínio de classes, as mesmas não seriam produto do desenvolvimento histórico, mas sim um instrumento das classes dominantes, as quais protegiam a propriedade privada. Esta depende primordialmente de uma relação social entre pessoas. Manter esse domínio das classes seria a principal função do Estado.
Segundo a teoria marxista, para que se pudesse abolir o Estado, teria que se iniciar extinguindo a propriedade privada: esse fato acarretaria o choque entre as forças do socialismo e o poder estatal.
A partir dessas considerações, podemos vislumbrar a função do Estado como sendo um poderoso instrumento econômico nas mãos das classes dominantes.
A teoria marxista está fundada em alguns princípios, dentre eles podemos destacar a taxa da mais valia. Esta não é uma lei econômica limitada. Para a compreensão a respeito dessas teorias, se faz necessária uma análise do momento histórico que esta sendo vivenciado à época. A extensão do dia de trabalho culminou nessas condições e princípios observados no século XIX. Desse modo, houve diversas lutas políticas travadas pelos trabalhadores, possuindo estes o intuito de limitarem as horas de trabalho. Em 1860, esse princípio de limitação da jornada de trabalho foi estabelecido. Nessa luta teve papel importante a legislação, a qual conseguiu o apoio de ambos os lados com a edição do “Livro de Comércio”. 
A partir dessas considerações anteriores, podemos inferir que o poder estatal também é um poder econômico. Este poder será colocado em ação para resolver os problemas que surgem em razão do poderio econômico. A predominância da classe capitalista consiste também na realização de concessões a partir da máquina estatal a partir de princípios que caracterizam o uso do Estado. Dentre esses últimos citamos: a resolução de problemas causados pelo desenvolvimento capitalista e a realização de concessões à classe operária para que possa manter o seu funcionamento. As formas de funcionamento do capitalismo variam, mas não se modifica a sua essência.
Ainda nos dias atuais podemos observar a política de concessões suscitada pelo Estado, com exemplos bem próximos a nós. Diversos setores da classe trabalhadora almejam por melhores salários e condições de exercício das suas funções. Será utilizado aqui o exemplo do Poder Judiciário do estado de Pernambuco, o qual estava em greve há alguns dias. Os trabalhadores requisitaram um aumento salarial de 10% em virtude do aumento da jornada de trabalho, que passará a nove horas diárias. O Estado, no intuito de pôr termo à greve, acabou cedendo em apenas 2% de aumento à classe. Os trabalhadores, temendo a perda dos seus cargos, aceitaram o aumento e retornarão as suas atividades. Mais uma vez a classe dominante concede as “migalhas dormidas do seu pão”, abafando as vozes trabalhadoras.
Observando essa situação que é observada durante séculos, podemos afirmar que sim, que o imperialismo ainda persiste. As suas formas apenas se adaptaram ás particularidades do mundo chamado de “pós-moderno”. Esse imperialismo ocorre agora em um âmbito mais interno e restrito, no qual as elites fazem valer a sua vontade nos âmbitos nacionais, oprimindo as classes populares e trabalhadoras. A economia é o meio pelo qual é exercido esse poder “imperial” das classes dominantes.