domingo, 26 de junho de 2011

O homem, um sujeito inventor

A pinga - Inventada pelos escravos
Olhando alguns sites na internet encontrei alguns textos que me chamaram a atenção. A página "www.sitedecuriosidades.com" mostra, na sua seção "invenções", alguns objetos  e tecnologias que foram surgindo ao longo da história da humanidade e que nos remetem a muitas curiosidades. O site mostra como ocorreu o surgimento, entre outros, da pizza, da antena, dos satélites e até do vestibular! 
Tudo isso me fez chegar à conclusão de que tudo, absolutamente tudo que está e que esteve ao nosso redor possui ou possui uma história, percorreu ou percorre um trajeto até chegar ao estágio em que se encontra. O homem é um sujeito histórico, e isso faz com que não somente ele, mas também tudo o que ele produz e transforma possa ser enquadrado nesse patamar. Desde os primórdios o ser humano modifica a natureza com vistas à proporcionar a sua subrevivência, em um primeiro momento e a tornar a sua vida mais cômoda, posteriormente. Entretanto, algumas coisas foram inventadas por obra do acaso, como decorrência de um processo totalmente autônomo. 
Para ilustrar o que fora abordado, vou transcrever aqui como se deu a invenção da pinga, a qual se deu ainda durante o período da escravidão: 

"Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo. Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse. Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou. O que fazer agora? A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor. No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado.
Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo. Resultado: o ‘azedo’ do melado antigo era álcool que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente. Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome ‘PINGA’. Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome de ‘ÁGUA-ARDENTE’. Caindo em seus rostos e escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo".

Fonte: História contada no Museu do Homem do Nordeste - Recife/PE.
http://www.sitedecuriosidades.com/ver/origem_da_pinga_%28aguardente_de_cana%29.html 

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